Rita Ori Filomena Pavone nasceu em 23 de agosto de
1945, em Torino (Turim), Itália.
Filha de Giovanni Pavone (1911-1990) e de Maria Macchia (1918-1990) era
a terceira de quatro filhos. Teve os irmãos: Giancarlo (1936-1938)
(morto quando sua mãe estava grávida de seu segundo filho), Piero, Carlo
e, abaixo dela, Cesare. A mãe Maria era dona de casa e o pai Giovanni,
operário da Fiat.
Rita, já com 13 anos apresentou-se, em março de 1959, pela primeira vez
para um verdadeiro público, no Teatro Alfieri (Turim), no espetáculo
infantil 'Buongiorno Marziani', imitando o ator e cantor Al Jolson
(1886-1950). Seus ídolos eram os cantores Paul Anka e Brenda Lee.
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1959
Imitando Al Jolson |
1962 - Premiação
Por Teddy Reno |
Em 1962, seu pai reconhecendo o potencial
artístico da filha a inscreveu (com quase 17 anos) em um concurso para
descoberta de novos cantores, organizado e promovido pelo então cantor
Teddy Reno (Ferruccio Merk-Ricordi). Em 1º de setembro, na finalíssima
da Prima Festa degli Sconosciuti realizada em Ariccia (cidadezinha
próxima a Roma que reuniu candidatos vindos de toda a Itália), Rita
Pavone foi a grande vencedora. Nesse mesmo mês de setembro ela é
contratada pela gravadora RCA Italiana, Teddy Reno torna-se seu
empresário e passa a dedicar-se totalmente à carreira de Rita. Ainda em
setembro, Rita grava o seu primeiro disco single: "La partita di pallone"
e "Amore twist", que obteve um sucesso excepcional.
Em outubro, ela se apresentou pela 1ª vez na
televisão (TV RAI), programa Alta Pressione. Em dezembro, Rita já fazia
parte do elenco de Studio Uno (TV RAI), o mais importante programa
italiano de variedades da época e, depois, como convidada permanente de
outro show televisivo: "Studio One", dirigido por Antonello Falqui.
Em 1964 Rita iniciou suas tournées internacionais. Seu primeiro destino:
Estados Unidos. Na terra do Tio Sam ela gravou os LPs "The International
Teen-Age Sensation" e "Small WOonder". Em junho, vinda dos
Estados Unidos e após apresentar-se na Argentina, Rita chegou ao Brasil pela
primeira vez e conquistou o público brasileiro com sua simpatia,
graciosidade e com a canção "Datemi un martello" (If I had a hammer).
1965,
No inicio do ano
Rita foi aos Estados Unidos (Nashville
- Tennessee) para gravar na RCA Victor e conheceu seus grandes ídolos:
Elvis Presley e Brenda Lee. Em março, participou do programa
'The Ed Sullivan Show'. Em meados de abril ela vem à América do Sul
(Argentina e Brasil) para shows em Buenos Aires, São Paulo e Rio de
Janeiro. Também em 65 cantou com Johnny
Hallyday,
cantor de sucesso frances, num programa da TV RAI
(veja o vídeo).
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1969 - Com Teddy
Reno |
1969 - Nasce seu
1º filho, Alessandro |
Em 1968, em cerimônia religiosa apenas na
presença de sua mãe e testemunhas, Rita se casou,
em 15 de março,
com Teddy Reno na cidade de Lugano (Suíça), e o casal passou a lua-de-mel no
Brasil.
Foi um escândalo na sociedade italiana porque Reno (Ferruccio
Ricordi) era casado com Livia Protti e não existia divórcio na Itália
até 1970. No Natal, ela anunciou que seria mamãe.
Em 1969 sua carreira desacelerou na Itália, participou do Festival de San
Remo com “Zucchero”. Em 6 de
agosto nasceu em Londres (UK), Alessandro Neil Cesare Ricordi,
o primeiro filho de Rita e Teddy. Voltando da Inglaterra, a pequena
família fixa residência em uma cidadezinha próxima a Lugano (Suíça).
Em maio de 1970, com pouquíssima divulgação, ela vem novamente ao Brasil
e se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre;
novamente participa do Festival de San Remo com “Ahi ahi ragazzo!”
Em 1971, no dia 19 de setembro, em Ariccia (cidade onde residiu do
início de sua carreira até se casar no religioso em Lugano em 1968),
Rita Pavone e Teddy Reno se casam oficialmente na Itália, que havia
recentemente instituído a lei do divórcio.
Em 1972 participou em San Remo com “Amici mai”. Emplacou vários sucessos em outros
países, tais como: “Arrivederci Hans” (Alemanha); “Bonjour la France” (França)
e “”Io che amo solo te” (Brasil).
Desde então, Rita Pavone vendeu mais de 50 milhões de discos na Itália e
em todo o mundo, graças a hits que até hoje todos sabem de cor: “La
partita di pallone“; “Il ballo del mattone”; “Come te non c’è nessuno”;
“Alla mia età”; “Fortissimo”; “Che m’importa
del mondo“; “Cuore”; “Datemi un martello”; “Geghegè”; “Lui”; “Questo
nostro amore“…apenas para citar alguns.
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1974 - Nasce seu
2º filho, Giorgio |
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1974,
no dia 19 de maio
nasceu
Giorgio Piero, o segundo e último filho de Rita e
Teddy, em Lugano (Suíça),
Com um sucesso deslumbrante e sem fronteiras: Brasil, Japão, França,
Alemanha, Espanha, Grã-Bretanha foram apenas alguns dos principais
países que aclamaram Rita, colocando-a no topo das paradas com músicas
escritas por autores italianos, posteriormente foi consagrada nos EUA
como convidada especial do talk show de Ed Sullivan, compartilhando o
palco com artistas como Ella Fitzgerald e Duke Ellington quando
interpretou músicas inéditas cantadas em inglês que tiveram excelentes
posições nos charts da Billboard e Cash Box. Revistas e jornais como o
Herald Tribune e o New York Times publicaram críticas positivas dos
shows, em especial um com lotação esgotada, que aconteceu em 20 de março
de 1965 no Carnegie Hall, em Nova York. O apresentador foi Ed Sullivan,
o mesmo que ajudou de forma decisiva Elvis Presley e os Beatles a
ficarem famosos nos EUA. Em sua carreira Rita sempre foi acompanhada por
Teddy Reno, que a descobriu no Festival Ariccia. Seus discos tiveram a
colaboração dos melhores músicos da RCA, como os arranjadores
extraordinários Ennio Morricone e Luis Enriquez Bacalov.
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1976 |
1987 - Brasil |
Mas o talento de Rita Pavone, desde cedo, permitiu
a ela ser bastante versátil. Sua atuação memorável em 1964, quando viveu
o papel de um menino de 12 anos, protagonista do filme "Il Giornalino di Gian Burrasca", dirigido por Lina Wertmüller, foi
consagradora. Toda a trilha do filme foi composta por Oscar Nino Rota e
organizada por Luis Bacalov e cuja música, "Viva la pappa col pomodoro",
interpretada por Rita, tornou-se um enorme hit. A partir daí, Rita
ganhou ainda mais notoriedade, participando de programas de TV: "Studio
Uno", "Canzonissima", "Partitissima", "Festival di San Remo", mas também
de atrações escritas especificamente para ela como "Esta noite ...
Rita!"; "Olá Rita"; "Rita e Io"; "Esta noite com Rita no Circo"; "Che
Combinazione"; "Venha Alice", em que além de cantora, também atuava como
dançarina, imitadora e apresentadora; em filmes, como "Rita a filha
americana" com Totò; "Little Rita in the West", com Terence Hill e Lucio
Dalla, "Rita la Zanzara" e "Não provocar o mosquito", dirigido por Lina
Wertmuller com Giancarlo Giannini e Giulietta Masina; "La
Feldmarescialla", novamente com Terence Hill e importantes performances
teatrais. E é ela mesma quem conta tudo sobre a sua vida e carreira, em
1997, no livro autobiográfico "In My Little".
Em novembro de 1987 Rita volta ao Brasil e apresenta seu show 'La
Valigia' em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Sucesso total!
Em 1990, no curto espaço de três meses, Rita perdeu os pais, seu pai,
morreu no dia 21 de março, vítima de derrame cerebral e sua mãe,
portadora do Mal de Alzheimer, faleceu no dia 15 de junho.
Em setembro de 1997:a editora italiana Sperling & Kupfer, publica o
livro autobiográfico de Rita Pavone 'Nel Mio "Piccolo", com 270 páginas
e fotos em preto-e-branco que vão de sua infância à época da edição do
livro.
Em 2005 nos meses de fevereiro, março, outubro e dezembro, Rita
apresenta-se, pela Itália (Milão, Nápoles, Trieste e Roma), com o seu
espetáculo de despedida de carreira, 'La mia Favola Infinita', onde
também participam Teddy Reno e o filho Giorgio. Na televisão, o seu
addio alla carriera artistica, é no programa 'L'Anno che Verrà' (TV RAI
1), em 29 de dezembro.
Nas eleições legislativas italianas de 2006, Rita candidatou-se, possuía
residência em Ariccia,
a uma vaga no senado italiano, disputando pela circunscrição dos
italianos no exterior, não sendo eleita. Vivia a participar de programas
na TV Italiana com frequência.
Mas então em 2013, 19 anos após o último trabalho gravado e sete da
saída de cena, Rita lança um trabalho que sempre sonhou em fazer: "Masters",
álbum de estúdio duplo homenageando artistas que amou tanto na
adolescência. Mestres como Fats Domino, Bobby Darin, Timi Yuro, Tony
Bennett, Jerry Lee Lewis, Hoagy Carmichael, Burt Bacharach etc. São
canções que Rita revisita também em italiano, modificando a
interpretação e arranjos com versões assinadas por Enrico Ruggeri, Lina
Wertmüller, Franco Migliacci, Dario Gay e Rita e ela própria. “Masters”
saiu em 8 de outubro de 2013 e obteve uma resposta que convenceria Rita
Pavone a retomar aos palcos, como convidada
especial de Gianni Morandi na Arena de Verona e a Renato Zero na Piazza
di Siena em Roma - com uma série de shows em maio de 2014. Após os
concertos italianos em Milão, Nápoles, Turim e Pádua, em 22 de junho,
Rita levou seu talento ao exterior, em Toronto (CA), a mesma
cidade onde a artista estreou em 1964 com sucesso extraordinário, 25.000
espectadores no Maple Leaf Garden.
Em setembro de 2015, com pouco mais de 70 anos de idade, foi lançado o
livro "Tutti Pazzi per Rita" (Ed. Rizzoli), no qual descreveu,
juntamente com o co-autor Emilio Targia, a trajetória de sua carreira com
muitas histórias de bastidores e imagens extraordinárias.
O ano de 2016 começou com uma experiência
completamente nova: Rita participou como concorrente de "Dancing with
the Stars" transmitida por Rai Uno conduzida por Milly Carlucci,
recebendo elogios e ovação de pé em cada performance e chegando a se
classificar em terceiro lugar, apesar da fratura múltipla em uma
costela.
Em 11 de fevereiro de 2017, na última noite da 67ª edição do Festival de
San Remo, Rita Pavone recebeu das mãos do Diretor Artístico Carlo Conti
e Maria De Filippiil a homenagem por seus 55 anos de carreira.
Em Maio de 2018, após 30 anos de ausência e com ampla divulgação Rita
voltou ao Brasil na tournée 'Rita Pavone is Back', apresentando-se em
quatro capitais: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Rio
de Janeiro (RJ).
Nos shows, Rita, além de musicas dos anos 60 também apresentou canções
de seu último disco "MASTERS", ainda não lançado no Brasil.
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2016 - Na Italia |
2018 - No
programa de Danilo Gentile |
2018 - Show em
São Paulo |
2019 - Na Europa |
Atualmente Rita mora em Chiasso, no cantão de
Ticino, Suíça e possui uma segunda residência em Ariccia, distante 28 km
de Roma.
Seus dois filhos também moram na Suíça. Alessandro é apresentador de um
programa na TV Suíça-Italiana e Giorgio é guitarrista e cantor de rock.
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