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REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA de 1932
1932 / 2022  (90 ANOS)
 VIVA OS HERÓIS DE 32
Deram a vida por São Paulo e pela Constituição
VIVA SÃO PAULO
 

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Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32

 
Clique no link abaixo e veja m vídeo muito interessante
https://fb.watch/h1WmAvRmSs/

 

Um pouco do que foi a Revolução Constitucionalista de 1932
 

Era para ter escrito sobre a revolução, mas não haveria tempo para concluir, já nas pesquisas vi que seria complicado e demorado.
Mas nas pesquisas achei um relato feito pelo Exercito Brasileiro e resolvi publicar essa matéria, pois segue a mesma linha que eu queria ter adotado. (Link abaixo)

Havia muito ufanismo no ar, os jornais, as rádios, o povo, massivamente, se revoltou contra a ditadura de Getulio Vargas que num golpe em 1930 assumiu o poder e logo no início de seu governo adotou políticas de centralização do poder, como o fechamento do Congresso e a abolição da Constituição de 1891, ou seja práticas ditatoriais.

A situação em 1930 não estava nada boa, mas Getúlio Vargas conseguiu deixar pior ainda com seu governo "provisório" (que durou 17 anos), ai veio a Revolução Constitucionalista de 1932. A luta de 32 não foi separatista, foi constitucionalista, no entanto Getúlio Vargas espalhava a versão oficial de que o verdadeiro objetivo da luta no Estado de São Paulo era o de separar-se do Brasil, tentando evitar que o movimento constitucionalista conseguisse a adesão popular em outros Estados, além de enviarem tropas para lutar contra as tropas paulistas.
"- São Paulo não pegou em armas para combater os seus queridos irmãos de outros estados, nem para praticar a loucura de separar-se do Brasil, mas, unicamente, para apressar a volta do País ao regime constitucional." - Ministro Manoel da Costa Manso - Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo de 1931 a 1933.

“Na década de 1930 figuras proeminentes no estado eram separatistas, como Monteiro Lobato, o historiador Alfredo Ellis Junior, Tácito de Almeida”
, elenca Vavy Borges, professora aposentada da Unicamp e autora do livro Tenentismo e Revolução Brasileira (1992).
Não se tratava, no entanto, de um sentimento disseminado ou presente massivamente no movimento.
“Do ponto de vista do separatismo, ele é algo meio mitológico. Houve um viés separatista, mas que de fato nunca foi tão importante no movimento”, afirma Marcelo Santos de Abreu, historiador e professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). 
“Na verdade foi Getulio Vargas o grande responsável pois, para combater a revolução, chamou-a de separatista. Foi uma jogada política. Ele disse que era separatista e assim obteve o apoio do resto do Brasil contra São Paulo”, explica Vavy Borges.
Leia a integra em https://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-movimento-constitucionalista-de-1932-era-separatista

9 de julho é uma data não devidamente valorizada e nem devidamente comemorada pelos paulistas, eles que deveriam tê-la como seu principal feriado e ter muito orgulho pelos que deram a vida pela democracia.

Mesmo perdendo nas armas, São Paulo ainda assim relativamente ganhou, Getúlio acabou atendendo as reivindicações paulistas.
 


 
  Abaixo, compilação de textos recolhidos em algumas fontes distintas (citadas):

O movimento de 1932 começou 23 meses antes. O desconforto nasceu com a Revolução de 1930, quando mineiros e gaúchos conspiraram e derrubaram o governo num golpe militar, que depôs um paulista, o presidente Washington Luiz e impediu a posse do também paulista Julio Prestes, assumindo uma “Junta Militar Governativa Provisória” (24/10/1930 - 3/11/1930) para dar posse ao “Governo Provisório” de Getulio Vargas, que no voto havia perdido para Julio Prestes.
(Folha de São Paulo - 5/7/1992)

Não havia duvidas de que o “Governo Provisório” de Vargas centralizava cada vez mais o poder. O General Gois Monteiro, homem forte de Getulio acusava São Paulo de separatismo e Getulio era visto como um caudilho sinistro.
“- Os atos de Getulio Vargas como chefe do Governo Provisório davam a entender que ele não pretendia realizar o plebiscito que prometera, nem eleições, nem pensava em sair nunca mais do Catete. E isso não estava certo e nem convinha para o Brasil”.
(General Aristoteles Ribeiro em O Mundo Ilustrado nº 75 de 7/7/1954)

A disparidade de forças era grande. Estimativas dão 35 mil homens para os paulistas (em ação) e cerca de cem mil para o governo Vargas.
São Paulo tinha menos canhões e aviões e não dispunha de marinha. Os navios governistas puderam bloquear o porto de Santos, asfixiando economicamente o Estado ao impedir a exportação de café. Também não foi possível trazer armas compradas no exterior (Argentina e Itália).
Mas assim como São Paulo não tinha condições de uma resistência prolongada, o governo não tinha meios de uma ofensiva fulminante. Foi o desmoronamento gradual das frentes que trouxe a derrota.
(Folha de São Paulo - 5/7/1992)

Mesmo derrotada, a Revolução deu a Getulio e ao circulo dos íntimos a percepção de que não era possível tratar a “locomotiva paulista” como um Estado vencido, e apesar dos paulistas acabarem derrotados pelas forças legalistas Getulio foi obrigado a convocar a Constituinte depois que a Revolução de 32 acabou.
(Folha de São Paulo - 5/7/1992)

São Paulo, obediente aos princípios democráticos imbuídos no povo pelos pioneiros da Republica, teve a glória de ver coroados os seus esforços com a proclamação da Constituinte, que pôs fim, embora temporariamente, à ditadura, de novo implantada em 1937 e devidamente enterrada em 29 de outubro de 1945.
(Revista O Mundo Ilustrado nº 75 de 7/7/1954)

“- As tradições democráticas de São Paulo se tornaram tão arraigadas que o povo bandeirante não pôde, por mais tempo, suportar o jugo ditatorial que lhe impunha a ditadura implantada pelos aproveitadores, que se eternizavam no governo após o movimento vitorioso de 1930.
Os ideais de liberdade não podiam subsistir, abafados como se encontravam pela opressão dos triunfadores do dia, que não admitiam opinião divergente do seu credo totalitário”.
(Geraldo Rocha em O Mundo Ilustrado nº 75 de 7/7/1954)

“- Perdemos a batalha mas não a causa, queríamos a constituição e a tivemos. Morreu muita gente porém o Brasil conseguiu a Constituinte”,
(Dr. Francisco Emigdio Pereira Neto - em O Mundo Ilustrado nº 75 de 7/7/1954)

“- Nunca houve em São Paulo quem alimentasse o sentimento separatista. O movimento se processou com alevantado espírito de brasilidade. São Paulo, farto do caudilhismo do Senhor Getulio Vargas, decidiu, depois de muito sofrer, libertar-se do jugo odioso e, consequentemente, libertar a nação”.
(Julio de Mesquita Filho em O Mundo Ilustrado nº 75 de 7/7/1954)

“- A razão principal da Revolução de 1932 foi a reivindicação da autonomia, que estava perdida e negada pela ditadura de Vargas. São Paulo, inteligentemente, quis atingir sua autonomia através da reconstitucionalização geral do país. Daí o nome da Revolução.
A ação bélica dos paulistas foi das mais notáveis, basta dizer-se que São Paulo lutou heroicamente três meses atendendo a que seu preparo foi improvisado, pois que nos faltavam armas, munições e soldados. Para provar a bravura e o denodo do paulista, basta dizer-se que em certas frentes chegou-se a camuflar canhões e metralhadoras, improvisando-os com chaminés velhas. Para dar a impressão ao inimigo de que a nossa artilharia estava bem municiada, fazíamos estourar “bananas” de dinamite. Esse truque forçava os aviões legalistas a descarregar suas bombas sobre aqueles falsos canhões. Também motocicletas e matracas eram utilizadas para fingir rajadas de metralhadora”.
(Aureliano Leite em O Mundo Ilustrado nº 75 de 7/7/1954)

Após o breve interlúdio democrático, o golpe do Estado Novo em 1937 reinstituiu a ditadura aberta, inspirada no salazarismo e no fascismo italiano.
- Lira Neto no livro "Livro - Getúlio 2 (1930-1945)" - Companhia das Letras 2013

Sob aspecto social, a São Paulo dos quatrocentões e dos imigrantes foi cedendo lugar ao influxo de mineiros e nordestinos alheios às tradições de 32, a “guerra” paulista perdeu a força do mito.
(Folha de São Paulo – 5/7/1992)
 
 
Algumas das tropas vindas do Norte e Nordeste para combater ao lado das
tropas getulistas contra as tropas paulistas.
Fotos da Revista Careta (RJ)

 

´

 
"O Snr. Getulio Vargas no 'front' acompanhado do Ministro da Guerra e officiaes do Posto do Commando observando as posições rebeldes"
(O Globo)
Prisioneiros paulistas chegam a Ponta Grossa, no leste do Paraná,
num vagão-gaiola, como se fossem animais.
Getúlio Vargas era um tirano que não contente em apenas vencer, ainda humilhava seus inimigos.

Um dos vários cartazes criados antes e durante a Revolução.

Icônica imagem dos paulistas bloqueando o Túnel da Mantiqueira na divisa com Minas Gerias.

   

Para acessar mais fotos da Revolução clicar num dos links abaixo:

Estadão de 25 de agosto de 1932

                                Estadão de 14 de setembro de 1932

 

Podem também ver esse outro site, é só clicar
 
 
 


 

Descrição completa feita pelo Exército Brasileiro da Revolução Constitucionalista de 1932.
Clique aqui ou no logo abaixo e leia:
 

 
   
 
Vídeo que mistura cenas de época com encenações.
 

 
 


O Emprego do Avião na Revolução Constitucionalista de 1932



Em 2010 publiquei em meu Blog essa matéria abaixo em homenagem aos 78 anos da Guerra Constitucionalista.
Hoje faço esta página para homenagear a todos combatentes da época.
 

Ai vão fotos sobre os aviões usados na Revolução Constitucionalista de 1932 por São Paulo. Mantive as legendas originais para maior autenticidade.
Dizem alguns historiadores que abalado que estava com o uso dos aviões como arma de guerra, Santos Dumont cometeu suicídio em 23 de julho de 1932, mas essa versão contrasta com seus escritos no livro "
O Que Eu Vi, O Que Nós Veremos", lá, ele publica cartas de sua autoria ao Presidente da República sobre o atraso da indústria aeronáutica militar no Brasil, salientando a necessidade da instalação de campos de pouso militares tanto do Exército como da Marinha.
Fonte das fotos: revista "O Mundo Ilustrado" nº 75, de julho de 1954.

     

 

O capitão Aderbal da Costa Oliveira com o Newport-Delage NiD 72 (vulgo "Negrinho"), no Campo de Marte em agosto de 1932.
O capitão aderiu à Revolução de 1932 após fuga, com esse avião, do Campo dos Afonsos, no Rio.

 



O Emprego do Avião na Revolução Constitucionalista de 1932
* Manuel Cambeses Júnior

 
Interessante relato feito pelo INCAER - Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica
sobre o uso, por ambos os lados, do avião em combates, bombardeio e panfletagem durante a
Revolução Constitucionalista de 1932.
Clique acima ou na ilustração abaixo e leia:

Placa comemorativa na orla da praia das Pitangueiras, em Guarujá. (SP)
Foto dos anos 80.

Setembro de 2010
Só sobrou a pedestal, vândalos arrancaram a placa e o poder publico não refez.
 



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